No filme "Em seu lugar", um filme até bobo, hollywoodiano, mas que tem um trecho muito legal, no qual a atriz Cameron Diaz, que no filme vive uma personagem com dislexia, está em um hospital e um senhor cego pede para ela ler um trecho de um poema, o foco é nesse problema da personagem, claro. Mas, depois que você vê umas duas vezes o filme começa a prestar a atenção no poema. Ele fala da perda de coisas na vida. Primeiro coisas simples como um molho de chaves, depois grandes coisas como rios, países, mas, na verdade é uma forma metafórica para dizer que temos que nos acostumar a perder coisas no caminho da vida.
E comecei a pensar muito nisso ultimamente, como a nossa vida muda, extamente pelas coisas que perdemos pelo caminho. E engraçado a forma como perdemos especialmente as pessoas, na sua forma física primeiramente, pela distância geográfica e temporal e depois como vamos perdendo todo o tipo de presença dessa pessoa...os telefonemas ficam raros, emails não aparecem mais na caixa de entrada e, por fim a pessoa fica só na lembrança, mas, começa a ser uma lembraça dolorida, de procurar onde você errou. Foi eu que me distanciei? Foi o telefonema que não dei? O aniversário que esqueci? Alguma coisa que falei na última vez que nos vimos? Não temos mais nada vê? Mas, e as coisas que compartilhamos e laços feitos? Não são válidos mais?
Ai você luta para isso não transformar-se em mágoa...e de repente começa pensar que a vida é assim mesmo, as pessoas passam por ela, mas, no fim a gente vai embora do mesmo jeito que chegou nessa existência...sozinho... Mas, conformismos à parte, tem algumas pessoas que eu simplesmente queria que continuássem aqui, na existência do meu dia-a-dia, no entanto, não podemos lutar contra os ventos que sopram de todos os lados que levam cada pessoa que mudou nossa vida, que ainda amamos ou um dia já amamamos para os seus destinos. E nem sempre eles se cruzam, o que não apaga o que existiu e nem as mudanças causadas...
mari,maryyjane, mariana...
Eu...algumas palavras que me definem: jornalista, apaixonada, insegura, ansiosa, amiga...um sentimento que me move todos os dias: saudade..saudade imensa de tudo que eu vivi, que eu vivo e que eu vou viver...fiz isso para poder escrever, uma coisa que eu gosto, desde criança...deve ser por isso que escolhi ser jornalista...
quarta-feira, 12 de maio de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Saudade
Na semana passada eu estava a caminho do trabalho e ouvi uma música na rádio. Beautifull do Snoopy Dog, a música é um pouco chatinha, aquele ritmo que gruda mesmo, uma vez e você já sabe cantar todo o refrão.
Mas, essa música me fez recordar uma das coisas que eu mais gostava na faculdade, fazer o Direto da Quebrada. Eu, Pedro e a Kelly escolhemos essa música para uma edição do programa que gravavamos toda sexta-feira. Bom, aí é como um efeito dominó, você lembra de uma edição, que puxa outra e um minuto parece que todo aquele ano que nos dedicamos ao Hip Hop está ali na sua frente.
E dá uma tristeza, mas uma tristeza boa, de saber que pelo menos em um período da nossa vida fizemos algo porque realmente gostavamos e não porque a roda gigante do nosso mundo, do nosso louco cotidiano nós obriga a fazer. Um compromisso que escolhemos viver, escolhemos construir.
E isso dava um trabalho, mas, um trabalho gratificante, que no fim tomava nossas tarde, gastava nossos dedos no teclado, nosso ouvidos, nossas cabeças em pensar qual seria o tema, como seria texto, onde entraria as músicas, mas, que no fim tudo valia a pena, mesmo que ninguém ouvisse. Ninguém, além de nós três e o Ângelo...sempre lá na mesa de som.
Promessa para o próximo post...um roteiro do Direto da Quebrada...
Mas, essa música me fez recordar uma das coisas que eu mais gostava na faculdade, fazer o Direto da Quebrada. Eu, Pedro e a Kelly escolhemos essa música para uma edição do programa que gravavamos toda sexta-feira. Bom, aí é como um efeito dominó, você lembra de uma edição, que puxa outra e um minuto parece que todo aquele ano que nos dedicamos ao Hip Hop está ali na sua frente.
E dá uma tristeza, mas uma tristeza boa, de saber que pelo menos em um período da nossa vida fizemos algo porque realmente gostavamos e não porque a roda gigante do nosso mundo, do nosso louco cotidiano nós obriga a fazer. Um compromisso que escolhemos viver, escolhemos construir.
E isso dava um trabalho, mas, um trabalho gratificante, que no fim tomava nossas tarde, gastava nossos dedos no teclado, nosso ouvidos, nossas cabeças em pensar qual seria o tema, como seria texto, onde entraria as músicas, mas, que no fim tudo valia a pena, mesmo que ninguém ouvisse. Ninguém, além de nós três e o Ângelo...sempre lá na mesa de som.
Promessa para o próximo post...um roteiro do Direto da Quebrada...
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Mundo da Filosofia

Quando eu era mais nova, estava no colegial, li o Mundo de Sofia, depois vários livros do Jostein Gaarder passei a acreditar que ele era meu autor preferido. Mas, eu conheci outras coisas e comecei achar tudo que ele escrevia muito simples. Na faculdade, nós deparamos com grandes filósofos, dos quais o Jostein falava no livro até, mas de uma forma muito mais complexa. Porque não é uma pessoa com uma linguagem simples falando de um grande pensador, mas as coisas que esse grande pensador falava, nas próprias palavras deles, ou de alguém que registrou literalmente (e hermeticamente) o que eles transmitiam, ou gostariam de, ao povo.
Mas, faz um mês mais ou menos, eu voltei a ler os livros, comecei do começo. O Dia do Curinga. E agora estou no Mundo de Sofia novamente. E ao ler o Dia do Curinga, eu percebi que é simples sim, mas, apenas a forma que se apresenta algo que é muito complexo e difícil, que é ser um Curinga num meio de um baralho todo, comum, com cartas do mesmo naipe. Ser aquele que se diferencia e por isso é um bobo da corte, aos olhos das outras cartas. E a bebida púrpura, que não deixa as cartas enxergarem a vida como ela, surpreendente e única. Enquanto isso preocupam-se em apenas realizar o trabalho para qual nasceram, sem nem mesmo questionar porque fazem aquilo todo santo dia.
E ser um Curinga é algo muito difícil, é ser diferente, é ver as coisas de forma diferente e se perguntar toda a hora porque é assim. E se maravilhar com as mil possibilidades de respostas. Entretanto, é um ato de coragem, nem sempre as respostas são melhores e muitas vezes não a encontramos e vem a angústia. A vontade louca, insana, de voltar a ser uma carta de baralho comum, com o naipe igual a outras 11, para entrar novamente no jogo.
E depois da leitura, eu comecei a pensar muito nisso, se quero ser um Ás de Copas, com um lindo vestido amarelo, tentando se encaixar em algum jogo de paciência da vida, ou assumo a posição corajosa de ser um Curinga. Só que esse é, enfim, um questionamento que fiz minha vida toda. Se realmente estou no caminho certo, se é isso que quero, se sei lutar pelo que quero, ou se espero a mudança chegar a minha porta, para parecer menos brusca.
Meu maior receio é entrar em uma roda-gigante, que eu nunca possa sair, e que fique girando sempre igual, sempre no mesmo ritmo até parar de vez. Nesses momentos, sempre vem uma música na minha cabeça, um trecho específico: "Afinal, qual é graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada" (Paulinho Moska - o alvo e a seta)...
domingo, 27 de setembro de 2009
Casa Nova

Um dia nós precisamos mudar, no fundo todo mundo espera uma mudança, mas, sempre tem medo. Se acostuma com alguma coisa e qualquer gaveta fora do lugar parece um grande pecado.
Eu também queria mudar, mas, na verdade ficava pensando que talvez não fosse tão ruim assim. Trabalho de segunda a sexta, salário até que bom, tudo bem que não tinha vários benefícios, mas, enfim era meu primeiro emprego.
Mas, o que era mais complicado era a sensação de estar empacada em um mesmo lugar, sempre fazendo as mesmas coisas, respirando o mesmo ar. Sentia tudo isso, mas, também, não sabia que caminho seguir para mudar.
Mas, a mudança chegou na minha porta para falar a verdade. E foi bom mudar, deu aquela dor na barriga, aquela ansiedade, ainda dá. Aquela sensação de será que eu consigo fazer outra coisa?! Posso não ser a melhor nisso, nem sou, nem quero ser, mas, a cada dia eu acho que consigo sim fazer outra coisa, melhorar.
Eu ainda sofro, quando não sai como queria, quando olho no relógio e vejo que sou a última a terminar as coisas, mas, tudo vale a pena...vale muito, só de você ver o seu nome alí e ver que o seu trabalho está aparecendo. Vale todo o sacrifício.
Talvez eu ainda não tenha encontrado o meu caminho, nem consigo definir um perfil nesse blog, um perfil no meu orkut, no twitter, mas, enfim, talvez o perfil seja vários perfis, vários caminhos, inclassicável. Porque o importante da vida é experimentar, afinal "qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada"...
"Nova Casa".... www.temmais.com.br Confira!
sábado, 4 de julho de 2009
Abandono
Prometi que ia escrever, não acho chato como Chico Buarque disse na Flip, embora eu ache que sendo ele, pode ser dito o que quiser, já que está no patamar de inquestionável.No entanto, escrever é algo muito difícil quando se quer colocar em palavras algo que não seja simplesmente só algumas linhas de "nadismo", e, o tempo não tem reservado muitas horas para mim.
Mas, ontem, algo diferente aconteceu. Eu estava às 19h30 no trabalho ainda, tentando resolver um impasse e sem achar uma solução. Depois de 11 horas e meia de trabalho isso pode ser difícil mesmo. Foi quando uma pessoa iluminada me disse, por que você precisa resolver isso agora? Respondi: Porque quero fazer a matéria no final de semana. Ecoou a pergunta: No final de semana???
Não dá para descrever tudo que foi dito depois, mas, tento lembrar das palavras, sempre, como um comando, uma ordem, para não deixar de ser eu e me tornar meu trabalho. Para continuar a luta de não me resumir a releases, follows, clippings e relatórios de inutilidades.
Um das partes da conversa mais significativas - "É uma condição temporária, algo que temos que passar para chegar onde queremos". Mas, aí está uma questão importante - Onde quero chegar? Não saber onde se quer chegar tem pontos positivos e negativos.
Negativos - fica difícil definir que caminho seguir para alcançar o destino que se quer chegar; existe uma dificuldade imensa de definir prioridades; é angustiante não saber o que quer.
Positivos - você está aberto às possibilidades, assim tem mais chances de conhecer diferentes caminhos e um deles pode ser o que espera; quando não se sabe bem onde chegar, qualquer ponto que se chegue é uma vitória.
Entre pontos negativos e positivos, está de certa forma o caminho que sigo no momento. Não é ideal, não é como esperava, não é gratificante na maior parte do tempo, os dias costumam passar sem grandes paixões, no entanto, é um caminho, é uma passagem e por ela que passo agora. E sempre encontro no meio das andanças sem rumo pessoas inspiradoras, que amam profundamente aquilo que fazem e sabem como transmitir essa paixão e influenciar quem está por perto. A irradiação da energia positiva.
E entre um mês ou outro, posso escrever aqui, mesmo que ninguém leia e posso postar meus 140 caracteres a hora que quiser no twitter, embora ainda não saiba como lidar com essa rede, saber tudo que oferece e como aproveitar os canais de comunicação da melhor forma possível.
O abandono existe, e não acontece apenas uma vez, no entanto, há sempre a volta, o resgate daquilo que acreditamos ser verdadeiro dentro de nós. Como o ato de escrever.
Mas, ontem, algo diferente aconteceu. Eu estava às 19h30 no trabalho ainda, tentando resolver um impasse e sem achar uma solução. Depois de 11 horas e meia de trabalho isso pode ser difícil mesmo. Foi quando uma pessoa iluminada me disse, por que você precisa resolver isso agora? Respondi: Porque quero fazer a matéria no final de semana. Ecoou a pergunta: No final de semana???
Não dá para descrever tudo que foi dito depois, mas, tento lembrar das palavras, sempre, como um comando, uma ordem, para não deixar de ser eu e me tornar meu trabalho. Para continuar a luta de não me resumir a releases, follows, clippings e relatórios de inutilidades.
Um das partes da conversa mais significativas - "É uma condição temporária, algo que temos que passar para chegar onde queremos". Mas, aí está uma questão importante - Onde quero chegar? Não saber onde se quer chegar tem pontos positivos e negativos.
Negativos - fica difícil definir que caminho seguir para alcançar o destino que se quer chegar; existe uma dificuldade imensa de definir prioridades; é angustiante não saber o que quer.
Positivos - você está aberto às possibilidades, assim tem mais chances de conhecer diferentes caminhos e um deles pode ser o que espera; quando não se sabe bem onde chegar, qualquer ponto que se chegue é uma vitória.
Entre pontos negativos e positivos, está de certa forma o caminho que sigo no momento. Não é ideal, não é como esperava, não é gratificante na maior parte do tempo, os dias costumam passar sem grandes paixões, no entanto, é um caminho, é uma passagem e por ela que passo agora. E sempre encontro no meio das andanças sem rumo pessoas inspiradoras, que amam profundamente aquilo que fazem e sabem como transmitir essa paixão e influenciar quem está por perto. A irradiação da energia positiva.
E entre um mês ou outro, posso escrever aqui, mesmo que ninguém leia e posso postar meus 140 caracteres a hora que quiser no twitter, embora ainda não saiba como lidar com essa rede, saber tudo que oferece e como aproveitar os canais de comunicação da melhor forma possível.
O abandono existe, e não acontece apenas uma vez, no entanto, há sempre a volta, o resgate daquilo que acreditamos ser verdadeiro dentro de nós. Como o ato de escrever.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
tem mais
Outra matéria para o Caderno Ser...
Eles também estão na moda
Cada vez mais atentos às tendências, os homens tornam-se o público-alvo das grandes grifes e boutiques
Já foi o tempo em que mães e esposas eram as responsáveis pelo guarda-roupa dos filhos e maridos. Em uma realidade onde a aparência é muito valorizada, o vestir-se bem passou a ser regra entre os homens e o surgimento do chamado metrossexual quebrou alguns “tabus” da ala masculina na relação com a moda.
De acordo com Odil Zeper (o Juba), consultor e docente da área de moda do Senac Bauru, desde a década de 60 o homem vem conquistando o seu espaço, no entanto, só nos últimos anos essa preocupação passou a ser significativa na vida do homem comum, no seu dia-a-dia pessoal e profissional. “Atualmente encontramos um homem versátil, que faz da sua imagem o seu maior cartão de visitas. A máxima é parecer um pouco mais jovem e os recursos são buscados em corpos malhados, alimentação saudável e uso de cremes. E isso se reflete na escolha das roupas e na definição do estilo. Este homem se preocupa com bons ternos e grandes grifes, por exemplo, para sublinhar seu poder de sedução e de mercado”, completa.
Para Maurício Lobo, consultor de moda masculina do Senac São Paulo, a evolução da mulher e a mídia foram um dos principais impulsionadores da mudança do comportamento do homem moderno. “A mídia foi a mola propulsora para a difusão do comportamento do homem moderno. Porém, a mudança foi impulsionada pela evolução da sociedade, a postura da mulher moderna que ganha espaço no mundo corporativo, disputando os mesmos cargos com o homem. Isso exigiu do homem repensar o seu próprio estilo. A mulher trouxe para esse universo a elegância e a valorização da imagem, e o homem percebeu que se não acompanhasse as mudanças estaria fora do mercado”.
O novo comportamento do homem em relação à moda tem reflexos no mercado do segmento. Encontramos hoje grifes especializadas, bem como marcas já renomadas e grandes boutiques que se renderam ao universo masculino e passaram a investir no setor.
“Hoje o segmento masculino é o que mais cresce. Não só em questão do vestuário, mas a indústria de cosméticos, acessórios para o homem também tem se desenvolvido. O homem está descobrindo que ele pode utilizar esses produtos, pode se vestir bem sem perder a sua masculinidade”, afirma Lobo. Tudo isso respaldado e fomentado por lançamentos editoriais também voltados para eles.
Espaço para eles
Proprietária há 25 anos de uma boutique em Bauru, Tânia Capelini sempre trabalhou com a moda masculina, mas a mudança no perfil do homem moderno fez com que a empresária investisse na ampliação do espaço reservado a eles na loja. “O perfil do público masculino mudou nos últimos anos. A vaidade deixou de ser um assunto polêmico entre os homens, inevitavelmente essa mudança influenciou na maneira com que ele se veste, e a atenção que dedica à moda. Nesse sentido reparamos um movimento crescente de homens em nossa loja, cada vez mais exigentes com as peças que vão usar, buscando novidades para o dia-a-dia ou ocasião especial”, ressalta Tadeu Dias Capelini, responsável pelo setor de moda masculina da boutique.
A mudança no perfil do consumidor masculino refletiu inclusive nos lucros do empreendimento. De 2007 para 2008, a boutique apresentou um aumento de 20% nas vendas de roupas masculinas e atualmente o setor representa de 20% a 30% do total da loja. “Estamos investindo bastante nesse setor, oferecendo marcas exclusivas e de qualidade. Nossa expectativa é manter esse aumento no ano que vem”, completa Capelini.
Clientes exigentes
Os homens se revelam, inclusive, um consumidor mais exigente que as mulheres, por isso a tendência das boutiques, redutos de marcas de luxo e grifes renomadas, disponibilizar uma atenção especial a essa clientela. “O público masculino tem exigências próprias e muitas vezes é mais criterioso que o feminino, a qualidade do fio, o tecido, o corte, o caimento são exigências. Estamos sempre atentos às particularidades e necessidades do homem contemporâneo, buscando trazer novidades aliadas à qualidade”, afirma Capelini.
Aspectos valorizados pelo advogado Leandro Megale Pizzo na hora de comprar suas roupas. Cliente da loja há quatro anos, Pizzo atribui o seu interesse pelas grifes e peças de qualidade à irmã, Adélia Pizzo, que cursou faculdade de moda. No entanto, ressalta ser essa uma característica cada vez mais exigida dos homens.
“Tenho uma irmã que estudou moda, então de certa forma sempre convivi com a preocupação de me vestir bem, sempre comprei minhas roupas e procurei me informar sobre as tendências. E, hoje em dia, é importante esse cuidado com a aparência, inclusive profissionalmente. É o nosso cartão de visitas”, afirma.
O empresário José Hermínio Canella compartilha o seu gosto pela moda com os filhos Daniel e Thomaz. De acompanhantes da esposa e mãe nas compras na boutique, os três tornaram-se clientes e mostraram que o interesse e o conhecimento das tendências não têm idade e passa de pai para filho.
“Hoje em dia existe uma difusão crescente de informação do segmento de moda masculina e os homens estão mais atentos às novidades e tendências não só das roupas como dos demais produtos específicos para esse público. Essa preocupação com a aparência e valorização da vaidade masculina têm se refletido, inclusive, nas gerações mais novas”, conclui Canella.
Eles também estão na moda
Cada vez mais atentos às tendências, os homens tornam-se o público-alvo das grandes grifes e boutiques
Já foi o tempo em que mães e esposas eram as responsáveis pelo guarda-roupa dos filhos e maridos. Em uma realidade onde a aparência é muito valorizada, o vestir-se bem passou a ser regra entre os homens e o surgimento do chamado metrossexual quebrou alguns “tabus” da ala masculina na relação com a moda.
De acordo com Odil Zeper (o Juba), consultor e docente da área de moda do Senac Bauru, desde a década de 60 o homem vem conquistando o seu espaço, no entanto, só nos últimos anos essa preocupação passou a ser significativa na vida do homem comum, no seu dia-a-dia pessoal e profissional. “Atualmente encontramos um homem versátil, que faz da sua imagem o seu maior cartão de visitas. A máxima é parecer um pouco mais jovem e os recursos são buscados em corpos malhados, alimentação saudável e uso de cremes. E isso se reflete na escolha das roupas e na definição do estilo. Este homem se preocupa com bons ternos e grandes grifes, por exemplo, para sublinhar seu poder de sedução e de mercado”, completa.
Para Maurício Lobo, consultor de moda masculina do Senac São Paulo, a evolução da mulher e a mídia foram um dos principais impulsionadores da mudança do comportamento do homem moderno. “A mídia foi a mola propulsora para a difusão do comportamento do homem moderno. Porém, a mudança foi impulsionada pela evolução da sociedade, a postura da mulher moderna que ganha espaço no mundo corporativo, disputando os mesmos cargos com o homem. Isso exigiu do homem repensar o seu próprio estilo. A mulher trouxe para esse universo a elegância e a valorização da imagem, e o homem percebeu que se não acompanhasse as mudanças estaria fora do mercado”.
O novo comportamento do homem em relação à moda tem reflexos no mercado do segmento. Encontramos hoje grifes especializadas, bem como marcas já renomadas e grandes boutiques que se renderam ao universo masculino e passaram a investir no setor.
“Hoje o segmento masculino é o que mais cresce. Não só em questão do vestuário, mas a indústria de cosméticos, acessórios para o homem também tem se desenvolvido. O homem está descobrindo que ele pode utilizar esses produtos, pode se vestir bem sem perder a sua masculinidade”, afirma Lobo. Tudo isso respaldado e fomentado por lançamentos editoriais também voltados para eles.
Espaço para eles
Proprietária há 25 anos de uma boutique em Bauru, Tânia Capelini sempre trabalhou com a moda masculina, mas a mudança no perfil do homem moderno fez com que a empresária investisse na ampliação do espaço reservado a eles na loja. “O perfil do público masculino mudou nos últimos anos. A vaidade deixou de ser um assunto polêmico entre os homens, inevitavelmente essa mudança influenciou na maneira com que ele se veste, e a atenção que dedica à moda. Nesse sentido reparamos um movimento crescente de homens em nossa loja, cada vez mais exigentes com as peças que vão usar, buscando novidades para o dia-a-dia ou ocasião especial”, ressalta Tadeu Dias Capelini, responsável pelo setor de moda masculina da boutique.
A mudança no perfil do consumidor masculino refletiu inclusive nos lucros do empreendimento. De 2007 para 2008, a boutique apresentou um aumento de 20% nas vendas de roupas masculinas e atualmente o setor representa de 20% a 30% do total da loja. “Estamos investindo bastante nesse setor, oferecendo marcas exclusivas e de qualidade. Nossa expectativa é manter esse aumento no ano que vem”, completa Capelini.
Clientes exigentes
Os homens se revelam, inclusive, um consumidor mais exigente que as mulheres, por isso a tendência das boutiques, redutos de marcas de luxo e grifes renomadas, disponibilizar uma atenção especial a essa clientela. “O público masculino tem exigências próprias e muitas vezes é mais criterioso que o feminino, a qualidade do fio, o tecido, o corte, o caimento são exigências. Estamos sempre atentos às particularidades e necessidades do homem contemporâneo, buscando trazer novidades aliadas à qualidade”, afirma Capelini.
Aspectos valorizados pelo advogado Leandro Megale Pizzo na hora de comprar suas roupas. Cliente da loja há quatro anos, Pizzo atribui o seu interesse pelas grifes e peças de qualidade à irmã, Adélia Pizzo, que cursou faculdade de moda. No entanto, ressalta ser essa uma característica cada vez mais exigida dos homens.
“Tenho uma irmã que estudou moda, então de certa forma sempre convivi com a preocupação de me vestir bem, sempre comprei minhas roupas e procurei me informar sobre as tendências. E, hoje em dia, é importante esse cuidado com a aparência, inclusive profissionalmente. É o nosso cartão de visitas”, afirma.
O empresário José Hermínio Canella compartilha o seu gosto pela moda com os filhos Daniel e Thomaz. De acompanhantes da esposa e mãe nas compras na boutique, os três tornaram-se clientes e mostraram que o interesse e o conhecimento das tendências não têm idade e passa de pai para filho.
“Hoje em dia existe uma difusão crescente de informação do segmento de moda masculina e os homens estão mais atentos às novidades e tendências não só das roupas como dos demais produtos específicos para esse público. Essa preocupação com a aparência e valorização da vaidade masculina têm se refletido, inclusive, nas gerações mais novas”, conclui Canella.
Freelancer para o Jornal da Cidade -hehhee
Nessa vida de assessora eu ajudo muito o pessoal dos jornais, olha a matéria de meia página que eu fiz pro Caderno Ser....
Responsabilidade social está na moda
Contribuições positivas das empresas para a sociedade começam a ser percebidas e avaliadas pelo consumidor
Questões como a responsabilidade social e consciência ambiental permeiam o mundo empresarial e hoje não são mais consideradas apenas como diferencial competitivo dos empreendimentos. Agregar aos produtos o valor das ações que visam o desenvolvimento sustentável – bem-estar social e preservação ambiental - passou a ser pré-requisito para uma imagem positiva das empresas, não importando o segmento ou porte delas.
“A compreensão da relevância da sustentabilidade será o aspecto mais importante de avaliação empresarial deste novo século. O consumo será e terá que ser mais responsável”, avalia Carlos Ferreirinha, diretor presidente da MCF Consultoria, primeira empresa especializada no negócio do luxo da América Latina e com sede em São Paulo. Durante sete anos, Ferreirinha foi diretor de marketing da marca Louis Vuitton no Brasil e foi um dos idealizadores do primeiro MBA em Gestão do Luxo da Américas.
Aparentemente inconciliáveis, o mercado de luxo e os conceitos de consumo consciente, responsabilidade social e ambiental têm se aproximado. O segmento da moda, principalmente, tem se preocupado em aliar a produção de peças exclusivas com a conscientização socioambiental. É o caso de marcas como M.Officer e Carlos Miele, que realizam ações em parceria com a Cooperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha, grupo formado por moradoras da comunidade da Rocinha, e a Osklen, que desenvolveu o projeto “E-fabrics”, um selo que identifica os materiais utilizados pela indústria têxtil que respeitam critérios de comércio justo e de desenvolvimento sustentável.
“Algumas marcas da moda estão totalmente envolvidas com o tema da sustentabilidade. A indústria têxtil tem ótimos exercícios sendo feitos nessa direção, do tecido ao corante. Chegará o tempo em que as marcas de luxo também serão julgadas e percebidas pelas contribuições positivas que geram nas pessoas e no mundo, pela visão do comprometimento social”, ressalta o consultor.
Se este conceito já entrou para a agenda da moda dos grandes centros urbanos, também migrou para cidades do Interior. Afinal, a mesma roupa que desfila nas passarelas de lá está nas vitrines de cá. Consciente dessa realidade, a empresária bauruense Tânia Capelini resolveu entrar para o time dos socialmente responsáveis.
Proprietária de uma boutique do segmento do luxo, Tânia lançou na comemoração dos 25 anos de sua loja o projeto “Chance”, nome dado à grife de objetos produzidos por instituições filantrópicas que serão comercializados na loja. Os primeiros produtos da linha são caixas de madeira que funcionam como porta-jóias ou peça decorativa, biquínis e almofadas personalizadas com técnicas de pedraria e bordado.
“O nosso objetivo é valorizar o trabalho de quem faz parte de iniciativas e organizações de inclusão social. As caixas e peças de roupas representam o início do trabalho, mas, já estamos com projeto de ampliação da linha ‘Chance’, que inclua a responsabilidade ambiental também, por meio de produtos feitos com material reciclável”, explica Tânia.
Os primeiros objetos da grife foram produzidos pelo grupo de artesanato da Casa da Fraternidade Santa Rita, de Bauru, instituição filantrópica fundada em 1999 com intuito de promover a inclusão social através de grupos de geração de renda e aprendizado profissional.
Para Cristiane Guereschi Kohlmann, membro do Conselho Fiscal da Casa, a iniciativa da empresária traz benefícios para os dois lados. “O projeto dá visibilidade ao trabalho do grupo de artesanato e agrega o valor da responsabilidade social aos produtos da loja. Além de atrair o consumidor cada vez mais exigente e atento a essas questões, é um exemplo que pode ser seguido por outras lojas do segmento”, ressalta.
____________________
Ferramenta importante
Atuante em projetos de educação e comunicação ambiental, a secretária-executiva do Vidágua, Ivy Wiens, acredita que a moda é uma importante ferramenta para conscientização das pessoas. “A moda está presente na vida de todo mundo. Seguindo tendências ou não, todo mundo se veste, é um produto consumido por todos, por isso nós encontramos nela um caminho para chegar às pessoas e sensibilizá-las em relação à questão ambiental, ao consumo consciente”, ressalta.
O instituto já desenvolveu ações com lojistas do Bauru Shopping e atualmente realiza oficinas que ensinam técnicas de confecção e customização de roupas utilizando materiais como algodão orgânico e garrafas PET, matéria-prima que pode ser utilizada no lugar do poliéster.
“Repensar o consumo já é uma ação socioambiental. E esse conceito está cada vez mais presente na moda. Você vê isso nas revistas, nos grandes desfiles como São Paulo Fashion Week. Considerar, na hora da compra, como as peças foram produzidas, as condições de trabalho da mão-de-obra, a matéria-prima, o impacto ambiental da produção é uma forma de conciliar um segmento sempre atrelado ao consumo com as questões de responsabilidade socioambiental”, completa Ivy.
Para Carlos Ferreirinha, diretor presidente da MCF Consultoria, a atitude do consumidor vai ser o diferencial para mudar a postura das empresas. “Cada vez mais, a pergunta ‘de que é feito este produto?’ será utilizada. A resposta tradição, trajetória de sucesso, poder de marca, matéria-prima nobre, qualidade que impressiona, excelência, detalhes, não será mais suficiente. A resposta terá que contemplar aspectos de sustentabilidade”, ressalta.
Da Redação/*Com informações da Lettera Comunicação Estratégica
Responsabilidade social está na moda
Contribuições positivas das empresas para a sociedade começam a ser percebidas e avaliadas pelo consumidor
Questões como a responsabilidade social e consciência ambiental permeiam o mundo empresarial e hoje não são mais consideradas apenas como diferencial competitivo dos empreendimentos. Agregar aos produtos o valor das ações que visam o desenvolvimento sustentável – bem-estar social e preservação ambiental - passou a ser pré-requisito para uma imagem positiva das empresas, não importando o segmento ou porte delas.
“A compreensão da relevância da sustentabilidade será o aspecto mais importante de avaliação empresarial deste novo século. O consumo será e terá que ser mais responsável”, avalia Carlos Ferreirinha, diretor presidente da MCF Consultoria, primeira empresa especializada no negócio do luxo da América Latina e com sede em São Paulo. Durante sete anos, Ferreirinha foi diretor de marketing da marca Louis Vuitton no Brasil e foi um dos idealizadores do primeiro MBA em Gestão do Luxo da Américas.
Aparentemente inconciliáveis, o mercado de luxo e os conceitos de consumo consciente, responsabilidade social e ambiental têm se aproximado. O segmento da moda, principalmente, tem se preocupado em aliar a produção de peças exclusivas com a conscientização socioambiental. É o caso de marcas como M.Officer e Carlos Miele, que realizam ações em parceria com a Cooperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha, grupo formado por moradoras da comunidade da Rocinha, e a Osklen, que desenvolveu o projeto “E-fabrics”, um selo que identifica os materiais utilizados pela indústria têxtil que respeitam critérios de comércio justo e de desenvolvimento sustentável.
“Algumas marcas da moda estão totalmente envolvidas com o tema da sustentabilidade. A indústria têxtil tem ótimos exercícios sendo feitos nessa direção, do tecido ao corante. Chegará o tempo em que as marcas de luxo também serão julgadas e percebidas pelas contribuições positivas que geram nas pessoas e no mundo, pela visão do comprometimento social”, ressalta o consultor.
Se este conceito já entrou para a agenda da moda dos grandes centros urbanos, também migrou para cidades do Interior. Afinal, a mesma roupa que desfila nas passarelas de lá está nas vitrines de cá. Consciente dessa realidade, a empresária bauruense Tânia Capelini resolveu entrar para o time dos socialmente responsáveis.
Proprietária de uma boutique do segmento do luxo, Tânia lançou na comemoração dos 25 anos de sua loja o projeto “Chance”, nome dado à grife de objetos produzidos por instituições filantrópicas que serão comercializados na loja. Os primeiros produtos da linha são caixas de madeira que funcionam como porta-jóias ou peça decorativa, biquínis e almofadas personalizadas com técnicas de pedraria e bordado.
“O nosso objetivo é valorizar o trabalho de quem faz parte de iniciativas e organizações de inclusão social. As caixas e peças de roupas representam o início do trabalho, mas, já estamos com projeto de ampliação da linha ‘Chance’, que inclua a responsabilidade ambiental também, por meio de produtos feitos com material reciclável”, explica Tânia.
Os primeiros objetos da grife foram produzidos pelo grupo de artesanato da Casa da Fraternidade Santa Rita, de Bauru, instituição filantrópica fundada em 1999 com intuito de promover a inclusão social através de grupos de geração de renda e aprendizado profissional.
Para Cristiane Guereschi Kohlmann, membro do Conselho Fiscal da Casa, a iniciativa da empresária traz benefícios para os dois lados. “O projeto dá visibilidade ao trabalho do grupo de artesanato e agrega o valor da responsabilidade social aos produtos da loja. Além de atrair o consumidor cada vez mais exigente e atento a essas questões, é um exemplo que pode ser seguido por outras lojas do segmento”, ressalta.
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Ferramenta importante
Atuante em projetos de educação e comunicação ambiental, a secretária-executiva do Vidágua, Ivy Wiens, acredita que a moda é uma importante ferramenta para conscientização das pessoas. “A moda está presente na vida de todo mundo. Seguindo tendências ou não, todo mundo se veste, é um produto consumido por todos, por isso nós encontramos nela um caminho para chegar às pessoas e sensibilizá-las em relação à questão ambiental, ao consumo consciente”, ressalta.
O instituto já desenvolveu ações com lojistas do Bauru Shopping e atualmente realiza oficinas que ensinam técnicas de confecção e customização de roupas utilizando materiais como algodão orgânico e garrafas PET, matéria-prima que pode ser utilizada no lugar do poliéster.
“Repensar o consumo já é uma ação socioambiental. E esse conceito está cada vez mais presente na moda. Você vê isso nas revistas, nos grandes desfiles como São Paulo Fashion Week. Considerar, na hora da compra, como as peças foram produzidas, as condições de trabalho da mão-de-obra, a matéria-prima, o impacto ambiental da produção é uma forma de conciliar um segmento sempre atrelado ao consumo com as questões de responsabilidade socioambiental”, completa Ivy.
Para Carlos Ferreirinha, diretor presidente da MCF Consultoria, a atitude do consumidor vai ser o diferencial para mudar a postura das empresas. “Cada vez mais, a pergunta ‘de que é feito este produto?’ será utilizada. A resposta tradição, trajetória de sucesso, poder de marca, matéria-prima nobre, qualidade que impressiona, excelência, detalhes, não será mais suficiente. A resposta terá que contemplar aspectos de sustentabilidade”, ressalta.
Da Redação/*Com informações da Lettera Comunicação Estratégica
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