sexta-feira, 28 de setembro de 2007

uma chance perdida, uma experiência guardada

O tema era quem eu sou e por que eu escolhi o jornalismo, com 4.000 caracteres, eu até comecei a escrever em bloquinho que eu passei a levar em todos os lugares, meus únicos companheiros, o bloquinho e a caneta. Pena porque ele está acabando, as páginas que a cerca de dois meses eram brancas, hoje estão cheias de rabiscos em azul, preto e vermelho. Rabiscos dos mais variados e em uma seqüência, bom, acho que não pode ser chamada assim porque não existe seqüencia alguma. Ele reflete a minha vida nesses dois últimos meses, quando eu resolvi que queria fazer mestrado. No começo eu tinha um foco, lia todos os dias, escrevia vários pontos interessantes dos livros. Estava em um ritmo legal (a palavra incabível) para quem tinha uma semana certinha, sete míseros dias para cerca de 300 ou 400 páginas de pura comunicação e seus desdobramentos, bom acho que os desdobramentos da comunicação podem ser classificados como toda a nossa realidade, que não existe sem uma mediação, sem uma forma de comunicar. Só que isso não cabe no que escrevo agora. Só que nessa medida exata, sete dias para cada livro até o dia da prova, algo nada exato, nada planejado aconteceu...Rio de Janeiro...Em dois dias eu tinha qu estar em uma cidade que só vi na televisão, uma cidade que nunca tinha ido, mas, já tinha visitado várias vezes pelos mass media, vou usá-lo já que o termo permeia todo o Teorias da Comunicação que agora tento ler o mais rápido possível. Correria e em dois dias eu estou na Cidade Maravilhosa, não quero fazer um diário de bordo aqui. Ficam registradas só as impressões...primeira visita, a realidade como ela é, sem uma tela, uma foto, ou qualquer outro recurso representativo de uma realidade, o filtro só os meus olhos e aquilo que não consegui ver, literalmente "de frente para o mar de costas para favela", nem sei bem se é de costas é a palavra. Uma cidade grande, tenho que preservar minha origem caipira, é grande, mas, diferente do concretão da capital paulista. No mesmo ecosistema: correria, carros, ônibus,trem, linha vermelha, linha amarela,praia, verde, concordando ou não a terceira maravilha do mundo (o Cristo), pão-de-açucar, bondinho, copacabana, ipanema, barra da tijuca...duas visitas em menos de uma semana e eu que pensava que nunca ia ver a Favela da Rocinha. Mas, eu vi. Parecia uma árvore de natal, deve ser porque eu a vi de noite. Bom não importa, porque foi apenas um flauner, só uma passagem, bem por cima, só algumas impressões. Deu uma vontade de morar lá sim, de conseguir o emprego que me levou até lá, de ampliar o horizonte. Mas foi apenas uma visita, uma visita diferente, que mudou algumas coisas dentro das minhas perspectivas, no entanto, eu ainda não sei exteriorizar isso de forma clara, por isso um embaralhado de palavras no exposto aqui. Uma história que começou com a chance que eu perdi no Curso de Jornalismo da Abril e terminou com a minha experiência na Cidade Maravilhosa, guardada...Esqueci do Maracanã...mas ele estava lá sim, imponente...eu também.

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